Por la noche del sur va el centauro
Horizonte a galope tendido
Fundador del país de mi sangre
Y el origen caliente del grito
Yo lo siento pasar por mi sombra
Cuando piso en el viento leguero
Y si vuelve raíz de mi canto
Su memoria de greda y silencio
Cuando salgo a buscar horizonte
Para un sueño de patria y de trigo
Por la noche del sur, va el centauro
Galopando en el tiempo conmigo
Si esta sangre que llevo olvidara
Que la habita un centauro dormido
Caería la muerte en mi sombra
Y después crecería el olvido
Padre nuestro señor de la Luna
Andariego de tanta distancia
En lo azul de la luz amaneces
Por el cielo de la madrugada
Pela noite do sul vai o centauro
Galopando rápido ao horizonte
Fundador do país do meu sangue
E a origem quente do grito
Eu o sinto passar pela minha sombra
Quando eu piso no vento leguero
E se volta a raiz da minha música
Sua memória de barro e silêncio
Quando saio para procurar horizonte
Por um sonho de pátria e de trigo
Pela noite do sul, vai o centauro
Galopando pelo tempo comigo
Se esse sangue que eu carrego, esquecido
Que habita um centauro adormecido
Cairia a morte na minha sombra
E então cresceria o esquecimento
Pai nosso senhor da Lua
Andando tão longe
No azul da luz amanheces
Através do céu da madrugada
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